Senin, 09 Januari 2012

Analise: Silent Hill 3

Ano de lançamento: 2003
Desenvolvido por: Konami.
Distribuído por: Konami.
Gênero: Horror/survival.

Depois de se consolidar como uma franquia de horror/survival no Playstation, Silent Hill 2 manteve o bom nível, mas pareceu dar um tropeço de leve nas próprias pernas, graças a um enredo muito desconexo e um protagonista pouco carismático. Em 2003 isso foi corrigido com Silent Hill 3, que é sem favor nenhum o melhor game da franquia até hoje. Ta certo que a Konami não se preocupou em inovar em nada a formula que consagrou a série, mas só de ter a usado com maestria já foi suficiente. Some isso com uma história que vai agradar principalmente aos velhos fãs e uma heroína confusa e amedrontada. Essa é a receita que garante às 6 horas de terror do game. A trama gira em torno de uma jovem chamada Heather, que começa a ser cercada por acontecimentos sombrios após encontrar com um detetive que afirma saber detalhes sobre o seu nascimento. Qualquer outro detalhe sobre a trama estragaria a surpresa, por isso é aconselhável que você jogue até o fim para saber o que acontece.

O pesadelo começou.



A apresentação do game dispensa rodeios. Você estará sozinho em uma cidade onde alguma coisa muito ruim aconteceu, com uma horda de inimigos te caçando e uma penca de enigmas para resolver. O game se desenrola por locações aparentemente comuns; shoping, hotel, parque de diversão e até o clássico hospital está presente, todos cheios de segredos a serem descobertos. As localidades são bem amplas e explorá-las é muito divertido, mas também difícil. O jogador tem a sua disposição um mapa muito útil, que marca salas onde você já entrou, portas trancadas, portas quebradas, itens importantes e até puzzles que ainda precisam ser solucionadas; com certeza nenhum outro game possui um mapa tão útil quanto Silent Hill. Os puzzles estão mais intuitivos nesta edição, coletar itens para progredir continua sendo o foco da mecânica, ainda há puzzles onde é preciso solucionar charadas, dispensando o uso de itens. Por vezes é necessário combinar dois ou mais itens para prosseguir.


A Konami nunca deu atenção para os combates, e isto infelizmente não mudou com Silent Hill 3. Eles servem apenas para dar um pouco mais de ação, mas seus problemas só servem pra frustrar o jogador. Heather não tem um arsenal muito variado, além de uma pistola, escopeta e metralhadora há as armas brancas, que são canos, machados e até uma faca. Como de costume a munição é contada e aqui os inimigos não costumam ser derrubados com menos de 5 disparos. O uso de armas de curto alcance deixa Heather vulnerável devido a sua lentidão na hora de desferir golpes. Mas a coisa fica ainda pior nesta edição, pois os corredores estão mais povoados de monstros do que antes, forçando o jogador a limpar o caminho, já que será necessário passar nele mais de uma vez.

Os combates chatos são camuflados, graças a um foco especial que o game tem na exploração. Além disso, todos sabem que o melhor de Silent Hill é o seu terror psicológico, que ficou meio a desejar em Silent Hill 2. Heather parece ser a protagonista mais humana até agora, pois as vezes Harry e James não pareciam demonstrar medo diante dos eventos dos games passados. Já heather é muito mais assustada, e consequentemente, passa mais tensão para o jogador. A dimensão alternativa também está de volta a sua velha forma neste game. É interessante ver as cenas não interativas cada vez que isso acontece. Silent Hill 3 consegue ser o game mais assustador da série, sem muito esforço.

Realismo.


Os gráficos de Silent Hill 3 estão entre os mais realistas feitos no Playstation 2 até hoje. Os ambientes são atormentadores, com sujeiras em cada canto, aquele sinal de que pessoas já viveram ali, paredes manchadas de sangue e tudo mais. O hospital merece destaque, pois é o cenário mais medonho do game todo, principalmente na dimensão alternativa. É impossível o jogador não pensar como estaria se realmente estivesse vivendo aquela situação, pois os cenários mostram um ambiente onde você realmente não iria gostar de estar. O realismo é impressionante até no design de cada um dos personagens; Heather e as sarnas no seu rosto, Douglas e sua barba, Claudia e seu olhar demente; para a época as expressões eram incríveis e aumentavam ainda mais a experiência do game. Os efeitos sonoros ajudam a complementar o clima grotesco de Silent Hill 3, com uivos vindos de lugares qualquer, ruídos que não parecem ter identificação e músicas bem atípicas. As dublagens também ganham destaque graças a ótima interpretação de cada personagem, todos incorporaram de forma singular cada fala apresentada em diálogos muito bem construídos.

Um clássico eterno.


Silent Hill 3 mantém a série em alta, sendo o episódio mais bem produzido da série, tanto na história quanto na jogabilidade. Os combates não empolgam, mas a narrativa é atraente e mantém o interesse do jogador até o fim. Não da pra negar que Silent Hill 3 agrada em especial os amantes do terror psicológico e dos jogos mais cerebrais. Se há um fator que desanima é que o game é realmente muito curto, ainda que o replay seja motivado pelo fato do game ter três finais seria ideal que o game durasse pelo menos umas 10 horas. Silent Hill 3 promete bons momentos de susto e tensão, unidos a uma diversão única. Para aqueles que não ficaram muito satisfeitos com Silent Hill 2, esta nova aventura promete ser mais expressiva e instigante.

Notas:
Gráfico: 10,0
Sons: 10,0
Jogabilidade: 9,5
Diversão: 10,0

Aprovado:
- O enredo é muito mais bem bolado que o de Silent Hill 2. Com personagens mais cativantes e mais humanos.
- Puzzles intuitivos e divertidos.
- Clima tenso e condizente com a trama.
- Parte técnica perfeita.

Reprovado:
- Combates fracos e irritantes.
- Apenas 6 horas de duração.

Escrito por: Lipe Vasconcelos.

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