Minggu, 26 Februari 2012

Análise: Maximo Vs. Army of Zin




Ano de Lançamento: 2004
Desenvolvedora por: Capcom.
Publicadora: Capcom.
Gênero: Ação.
A maioria das grandes franquias conhecidas hoje teve inicio ainda na década de 80, saudosa era dos 8 bits; Super Mario, Mega Man, Zelda, Castlevania, Metroid... enfim, a lista é grande e cheia de nomes muito conhecidos. No entanto alguns bons títulos não foram continuados nas gerações seguintes, ficando presos no tempo áureo dos bons games. Um desses casos foi Ghouls ´n Ghost: Carinhosamente chamado de “O jogo do Cavaleiro de Cuecas. Porém em 2002 a Capcom deu uma repaginada em sua esquecida franquia: Um novo nome, um personagem um tanto diferente, mas o mesmo espírito de antigamente. Maximo – Ghost to Glory chocou os jogadores da atual geração, trazendo uma dificuldade que só víamos nos velhos consoles dos 8 e 16 bits; afastando os mais novos e encantando os marmanjos saudosistas com um desafio a altura. Em 2004 veio Maximo Vs. Army of Zin, uma continuação que mantém o nível do irmão mais velho, mas amenizando a dificuldade para os casuais.
Se unindo com a Morte para salvar vidas.
O enredo é simples, mas bem cativante. Uma nova ameaça paira sobre os vilarejos e reinos. Criaturas feitas de aços e movidas a espíritos amaldiçoados estão espalhando o terror no mundo. Para combater esse novo e singular inimigo o cavaleiro Maximo se une a Grim (ou simplesmente a Morte) para encontrar uma maneira de derrotar tais monstros. Para isso será necessário explorar terras jamais visitadas pelo cavaleiro. Há algo muito interessante no conceito que envolve Army of Zin, apesar de uma temática obscura o visual lembra os mundos criados nos filmes de Tim Burton. Não sei se foi intencional, mas caiu muito bem ao produto final, resultando num game de monstros que pode ser apreciado por um publico mais jovem. Não há sangue durante o jogo todo, e cada detalhe gráfico se apresenta de uma maneira quase que infantil.


A mecânica não foge do esquema que consagrou a série em sua fase gloriosa, ou mesmo em Ghost to Glory. Maximo deverá atravessar um mapa cheio de monstros que parecem robôs. Empunhando uma espada e um escudo o cavaleiro deve detonar tudo que se move a sua volta. É possível lançar o escudo para atingir inimigos ou quebrar pilares nos cenários. Os combates são muito básicos, mas graças a um sistema tímido de combos acabam se tornando agradáveis, junte isso a um toque saudosista e logo você perceberá que destruir inimigos nunca será cansativo. Eventualmente é necessário localizar chaves ou passar por obstáculos. Esses momentos de plataforma são agraciados por comandos que respondem sem problemas e ângulos de câmera amigáveis, ainda que em uma situação ou outra elas possam prejudicar, mas é bem raro! No decorrer das fases você deverá salvar muitas vidas, seja dos moradores de vilarejos ou de guerreiros que estarão lutando bravamente ao lado de Maximo. Em alguns casos o jogador terá de agir rápido, pois algumas vitimas (principalmente os moradores das vilas) podem ser assassinados pelos monstros. Ao salvar as pessoas haverá recompensas, desde dinheiro até chaves que abrem baús valiosos ou portões que permite progredir nas fases. Caso a barra fique muito pesada Maximo conta com o poder da morte por alguns breves segundos. Muito útil para aniquilar vários inimigos de uma vez, ou para tirar boa parte da energia vital de um chefe. As fases são basicamente lineares, mas há muitos cantos para explorar, podendo encontrar mais dinheiro, itens ou extras no menu principal. As fases são divididas por um mapa, bem ao estilo de clássicos como Super Mario World. O saudosismo consegue ser o maior trunfo do game.
Pagando pra ficar vivo.
Usar dinheiro ao longo da jornada também é rotina por aqui, mas o sistema ficou bem mais light em Army of Zin (Em Ghost of Glory pagávamos até pra salvar o progresso do game). No decorrer das fases você vai se acostumar a encontrar um velho que poderá vender itens importantes para você. O conceito de vidas, a muito abandonado na maioria dos games atuais retorna neste título, geralmente elas custam 210 moedas e quando necessário sempre é possível retornar a fases completadas para acumular dinheiro. Army of Zin conta com um sistema de melhorias, que como todo o resto, é bastante simples. Maximo pode conseguir novas espadas, escudos e até mudar sua cueca, todas com melhoras significativas. No caso das cuecas elas possibilitam efeitos de grande ajuda, como fazer os inimigos deixarem mais dinheiro cair quando derrotados. A armadura funciona como um Power Up para defesas. Além da armadura também é possível adquirir um elmo, e posteriormente deixar a armadura de ouro, no entanto essas melhorias vão se perdendo conforme Maximo perde energia, seja lutando com monstros ou pisando em fogo ou espinhos, até ficar somente de cueca.
Os gráficos de Maximo não são dos melhores já vistos em um jogo do Playstation 2. No entanto há muitos fatores que devem ser levados em conta. Para começar nota-se que o acabamento é muito polido. O design de Maximo parece ser meio quadrado, mas as texturas e a modelagem final conseguem camuflar isso. Os inimigos apresentam variedade de design, bem como as animações de cada boneco na tela. Os cenários têm um estilo que mescla a infantilidade com o obscuro, como foi dito acima, lembra bastante as produções de Tim Burtom. A cenografia também possui um acabamento refinado para algo simples. Efeitos de fogo e nuvens no céu não chegam a ser de ultima geração, mas tem o mérito de convencer o jogador. Há um esforço interessante para por vida em cada lugar possível, como nas flores que se movem, gotas de chuva pingando no chão, fogo queimando as casas e etc. Nota-se que há evolução nos cenários conforme avançamos no game. De vilarejos passamos a nos aventurar em montanhas cavernas e até mesmo castelos, todas com diferentes graus de complexidade gráfica, mas tudo sem fugir da simplicidade que marca o game.
O maior destaque da parte técnica fica para o áudio. Os efeitos sonoros são cristalinos e limpos. Serão espadas se chocando com metal, o som dos inimigos caindo em forma de meteoro, explosões, passos e etc. A riqueza sonora é encantadora. A trilha sonora também pode estar entre as melhores já vistas no Playstation 2. Todas ganham um tom orquestrado que beira a ser épico. A execução de cada música é formidável, combinando perfeitamente com o clima de aventura proposto. Já as vozes seguem um padrão de mínima aceitação, até por que o game não apresenta muitos diálogos ou cenas não interativas. Um fato muito curioso nas vozes acontece durante as fases; repare o grito feminino de Help! Presente no game, é muito parecido com o mesmo grito de Help dado por Ashley em Resident Evil 4, que foi lançado um ano depois. Teria a Capcom reciclado o efeito?
Um jogo difícil de não agradar.
Maximo Vs. Army to Zin é um game visivelmente voltado para o publico retrogamer, mas devido à dificuldade amenizada os jogadores mais casuais poderão se divertir bastante, ainda sim, o game ainda pode parecer pouco complexo para um publico mais voltado para games estilo Devil May Cry e companhia. O motor gráfico é visivelmente básico, mas o acabamento torna tudo muito mais agradável. Infelizmente essa simplicidade pode ser encarada como um leve defeito, pois com um acabamento tão apurado é difícil não imaginar como seria Army of Zin caso ele fosse uma mega produção. É muito difícil encontrar algo para se queixar neste jogo. Seu tempo de duração é cabível, os combates com chefes são empolgantes e a diversão é garantida do inicio ao fim. Uma pena que depois deste sensacional título o herói de cuecas tenha sido deixado de lado mais uma vez pela Capcom. Mesmo não sendo um dos games de maior sucesso do Playstation 2, Army of Zin é totalmente recomendado para qualquer idade e publico.
Notas:
Gráficos: 8,5
Audio: 10,0
Jogabilidade: 10,0
Enredo: 8,5
Aprovado:
- Um game essencialmente voltado para os velhos jogadores. Ele mantém tudo aquilo que fazia a cabeça dos jogadores na década de 90.
- Uniu de modo muito sutil elementos mais modernos, como melhorias em armas e compra de itens.
- Jogabilidade precisa e de fácil assimilação.
Reprovado:
- Apesar de possuir um bom acabamento os gráficos poderiam ter sido muito mais ousados.
AVALIAÇÃO FINAL: 10 – ETERNO!

Jumat, 24 Februari 2012

Noticias: Resumo da semana

Toda sexta-feira postarei um resumo doq foi citado em relação ao console eterno da Sony nos últimos dias. Noticias, curiosidades, enfim.. tudo em que o 'PS2 é citado em alguma frase.

..

Sony não tem planos para que jogos de PS2 seja compativeis com o PS-Vita.
A sony confirmou que não está em seus planos trazer para o PS Vita jogos de PlayStation 2.

Na última semana, num artigo de perguntas mais frequentes do PlayStation Blog, a Sony escreveu que.
''Os utilizados podem jogar aos títulos digitais da PSP e aos minis''
''No que toca aos classicos da PSone, mais tarde iremos dar mais detalhes quando eles estiverem prontos.''
''Neste momento, a PlayStation não tem planos de tornar a PS Vita compativel com jogos de PS2.''

Bom, veremos se no futuro a Sony muda de idéia, no que troca a compatibilidade com jogos.




Playstation 2 na frente do Xbox 360 em vendas no Japão
Isso mesmo pessoal, prestes a completar 12 anos de existencia (04 de março) o console eterno da Sony ficou na frente do console da Microsoft na última semana em relação a vendas no Japão entre os dias 13 e 19 de fevereiro.

..6º PlaysStation 2 - 1.433
..7º Xbox-360 - 983



Games classicos do PS2 na PS/Store européia
A Sony lançou um novo lote de jogos classicos para a rede online e social, entre eles estão games como 'NFS Most Wanted, Virtua Fighter 4 Evo e Sonic Heroes

Semanalmente jogos de PlayStation 2 são incluindo para os fâs poderem desfrutar de alguma parte do console que marcou época.



Analise: Cold Fear

Ano de Lançamento: 2005.
Desenvolvedora: Darkworks.
Publicado por: Ubisoft.
Gênero: Horror/Survival.

O Horror/Survival foi popularizado ainda em meados da década de 90, quando games como Alone in The Dark, Resident Evil e Silent Hill fincaram as primeiras estacas do gênero. Com o passar do tempo vários títulos surgiram, sua grande maioria se dedicou a se “basear” nas diretrizes impostas em especial por Resident Evil e Silent Hill, sem muita inovação. A própria Capcom reformulou o gênero com o lançamento de Resident Evil 4. Cold Fear foi desenvolvido pela Darkworks e não se preocupou em ser original, tomando descaradamente emprestado (isso pra não dizer copiando descaradamente) todos os elementos de sucesso de das renomadas franquias da Capcom e Konami.


Terror em alto mar.

A trama não chega a ser brilhante, mas pelo menos consegue manter um nível aceitável. Uma chacina acontece em uma embarcação russa e todos os tripulantes são massacrados brutalmente. Uma equipe é enviada ao navio para investigar, mas todos acabam sendo mortos da mesma maneira. A única solução é enviar Tom Hansen um agente da guarda costeira americana que se encontra perto do lugar, que guarda mistérios e uma horda de zumbis. Naturalmente, o game apresenta clichês no enredo; com uma mocinha em perigo, um vírus mortal e um cientista ambicioso, mas ao contrário da franquia da Capcom, em Cold Fear a história é mal desenvolvida e uma série de questões fica sem resposta clara e lógica ao fim da jornada de no mínimo 6 horas de duração.


Talvez o único ponto original de Cold Fear esteja na ambientação. O game abusa com sabedoria de um clima muito particular. Você estará no meio do mar, sozinho, em um navio durante uma tempestade e uma fúria marítima colossal. A Darkworks soube usar essa abordagem sem exagero, sendo bastante natural. Mas quando se trata de criar um clima tenso Cold Fear não se acanha em mostrar que se espelhou nos games citados acima. O ambiente é hostil e escuro, povoado por zumbis que se escondem no escuro, e ainda que pareçam ultrapassados acontecimentos como corpos caindo de armários e luzes que apagam sozinhas conseguem manter o jogador em alerta. Some isso ao fato do cenário se mover de um lado para o outro constantemente, graças às ondas que batem no navio. O resultado é fantástico e promete envolver o jogador.


De um ponto ao outro.

A mecânica do game não será novidade para fãs de survival de longa data, mas nota-se grandes diferenças entre Cold Fear e seus primos distantes. Para começar o game é inteiramente focado na ação. Zumbis aparecem com frequência e Tom terá algumas armas a sua disposição para sobreviver. A munição às vezes fica escassa, mas isso não chega a ser um problema, já que há uma sala que recarrega seu arsenal para o máximo de uma só vez. Há vários kits médicos que recuperam a saúde do herói, mas em Cold Fear não existe inventário para guardar itens. Sendo assim o jogador terá de deixar um item de cura para trás se estiver com a saúde completa; ou pode também procurar a sala de enfermaria, que tem a mesma finalidade da sala de munições.

O game não apresenta grandes dificuldades, já que os objetivos se limitam a ir de um ponto ao outro, sem grandes complicações. Quem espera encontrar quebra-cabeças inteligentes pode ficar muito decepcionado. Fora explodir cabeças Tom também deverá procurar por chaves ou acionar alavancas para progredir no game, fazendo com que Cold Fear seja mais um título de ação pura. A jogabilidade é o maior problema do jogo. Cold Fear trabalha com dois tipos de visão distintos: No primeiro caso é a câmera em terceira pessoa tradicional de games do gênero, com visão de pontos dramáticos; já o segundo é o modo mira, idêntico ao de Resident Evil 4. Nesse modo Tom pode mirar em seus inimigos e usar a lanterna, o único problema é que para cada vez que você muda o modo de visão os comandos se alteram minimamente, mas o suficiente para causar confusão e dor de cabeça no jogador. O modo mira também apresenta falhas todas as vezes que você o aciona, ele desativa sozinho e quase sempre acontece quando você avista um inimigo. Pode-se jogar quase o game inteiro no modo mira, o que até o deixa mais simples, mas impossibilita Tom de correr. Os combates são satisfatórios, mas como copiam a formula de RE4 não vai encantar por muito tempo, sem falar na péssima execução que essa mecânica apresenta. Outro ponto que pode ser estranho aos jogadores é que Cold Fear só salva o progresso do jogador em pontos pré-determinados, felizmente eles surgem com uma frequência aceitável.
A parte gráfica não deixa a desejar graças a um cuidado bem especial da Darkworks com a ambientação do game. As melhores partes são nas áreas externas, onde a chuva embaça a visão do jogador, o movimento do barco também é bastante realista e satisfatório. Ambientes internos também merecem destaque, há requintes de violência aqui e ali, mas nota-se que não chegam a ser exagerados. Os detalhes são bons, mas a escuridão das áreas camufla um pouco o trabalho técnico, o mesmo acontece com o design dos personagens. Os inimigos são pouco variados e enjoam com o tempo. Basicamente são zumbis ou mercenários que usam armas. A sonoplastia assegura o clima sombrio de Cold Fear, mas não traz nenhum elemento novo. A trilha sonora traz a sensação de filmes de ação de Hollywood, com canções de ação que são até empolgantes, mas é casual e parte do game se desenvolve sem músicas.

Um título casual.
Cold Fear é um daqueles games que consegue divertir, mas não se preocupa em trazer inovações. Infelizmente a sua mecânica é ultrapassada demais e perde força em pouco tempo, no entanto, o game acaba antes de se tornar maçante. O foco foi a ação, mas mesmo aqui há falhas um tanto graves que acabam tornando o game ainda mais dispensável. A trama também não se destaca devido a péssima exploração e a falta de explicação de alguns fatos. Talvez tenha havido a intenção de um Cold Fear 2, mas acabou não rolando! Sabendo dos principais problemas do jogo e sabendo contorná-los Cold Fear se torna uma agradável opção, mas para ser jogado apenas uma vez, no máximo!

Notas:
Gráficos: 9,0.
Audio: 8,5
Jogabilidade: 5,0
Enredo: 5,0

Aprovado:
- Ambientação oringial.
- Gráficos bem trabalhados.

Reprovado:
- O jogo oferece pouca variedade, se tornando cansativo em pouco tempo.
- Jogabilidade falha e complicada.
- Enredo medíocre.

Avaliação final: 6 RAZOAVEL.

Análise escrita por: Lipe Vasconcelos.

Minggu, 19 Februari 2012

Análise: Ghost Rider



Ano de Lançamento: 2006.
Distribuído por: 2K Games.
Desenvolvido por: Climax.
Gênero: Ação.


Mesmo não sendo o herói mais popular do universo Marvel o Motoqueiro Fantasma também ganhou sua aventura nas telonas. O filme estrelado por Nicholas Cage fez um grande sucesso, sendo seguido pelo game lançado para PS2, PSP e Xbox. Ghost Rider não foge a regra básica desse tipo de produção; um game feito às pressas, sem inovação, sem personalidade e com intuito de se aproveitar do filme para promover vendas. Ainda sim há alguns quesitos interessantes no game, ajudando a salvar parte da produção. Se você não for o tipo de jogador exigente vai conseguir se divertir nas mínimas 4 horas de duração que Ghost Rider possui.

O caçador do inferno.



Johnny Blaze é um acrobata de motocicleta que vende a sua alma para um demônio chamado Mephisto em troca de salvar a vida de seu padrasto. Por ser propriedade do Diabo Johnny assume a forma do Cavaleiro Fantasma, uma entidade responsável por fazer o “trabalho sujo” do anjo caído. A história do game não é exatamente a mesma do filme. Johnny se recusa a cumprir sua parte do acordo. Então Mephisto sequestra sua namorada, Roxanne para obrigar Johnny a caçar Blackheart, que deseja unir o inferno a terra. Agora Blaze não terá escolha se não assumir a identidade do Motoqueiro Fantasma para salvar sua amada e o seu mundo. O enredo é bastante simples e sem criatividade alguma, de modo que o seu final é previsível e pouco encantador. Parece que a história é direcionada aos fãs dos quadrinhos, em certo ponto conta até com a participação de Blade. Provavelmente mesmo os fãs vão achar a trama rala e sem vida.

A Climax, estúdio responsável pelo título, não se esforçou para esconder que a principal inspiração de Ghost Rider vem de God of War. O game se foca em combates ao estilo Hack in Slash, com inimigos que surgem de todo o canto e cercam o personagem. A mecânica é divertida, para alguns apenas no inicio (é uma questão de opinião). A principal arma do motoqueiro são suas correntes, que possuem uma série de golpes. Os combos são variados e em geral existe alguma personalidade nos movimentos. Seguindo o exemplo de Devil May Cry são dados rankings aos combos. Alguns inimigos possuem barreiras que só podem ser quebradas após atingir uma nota bem alta. A possibilidade chega a ser interessante, mas com tantos inimigos atacando de uma vez e a confusão na tela faz Johnny ser atacado constantemente, precisando acumular pontos de ranking tudo de novo. Infelizmente o game se resume em duas mecânicas distintas: Bater e correr (correr de moto é claro). Em ambos casos usados de forma exageradamente maçante. A variedade de golpes ameniza a repetição extrema de combates, já que se torna divertido executar diferentes ataques combinados, até uma arma de fogo é possível usar. Abater demônios confere orbs, descaradamente usados para destravar novos golpes, aumentar o poder dos ataques e também alargar a barra de energia vital e Link Charge. O Link Charge permite Blaze usar explosões para destruir vários monstros de uma vez na tela; também possibilita usar o olhar da penitência, que destrói apenas um inimigo na tela. As possibilidades até chegam a divertir, mas a diversão esbarra na baixa dificuldade que o game apresenta. Não é preciso se dedicar demais para acumular orbs. Os melhores golpes são habilitados cedo demais e o game acaba ficando fácil demais. Os inimigos se repetem a exaustão devido a pouca variedade de monstros no jogo e a ausência de trechos de puzzle pode frustrar um publico que gosta da combinação combate e aventura presente nas aventuras de Kratos. A comparação pode ser cretina, mas é exatamente em God of War que Ghost Rider se inspira, ou pelo menos tentou.

Dando um “role”!

A segunda parte do game acontece em duas rodas. Esses momentos podem não ser tão empolgantes quanto os combates, mas tentam adicionar alguma variedade no título. Essas fases consistem basicamente em atravessar uma área repleta de demônios, disparando contra eles e atravessando obstáculos pela pista. A direção da moto é parcialmente boa, pelo menos quanto se está no solo, mas basta pular uma rampa para perder totalmente o controle sobre o veículo. Tudo acontece muito rápido na tela, e entre tiros e saltos é inevitável sofrer muitos acidentes ao longo do trajeto. Esses momentos são os melhores para acumular orbs, e embora alguns acidentes bobos irritem dirigir a moto de Blaze é bem divertido.


Os gráficos estão de médio pra baixo. A primeira fase apresenta um design muito legal e vivo, com fogo, lavas ardentes e poços de sangue. Mas detalhes mais vivos não foram continuados nos ambientes que se seguem. Em geral a cenografia está dentro do contexto do game, mas a simplicidade da cidade explorada a partir da quarta fase beira a ser ridícula. Faltam detalhes e um número maior de objetivos a quebrar no caminho. Os inimigos apresentam um design aceitável, bem como o próprio motoqueiro, mas o Playstation 2 já viu modelagens muito melhores, então esse quesito não chega a ser feio, mas não passa aquela sensação grandiosa que um Devil May Cray passa, por exemplo. Em vez de cenas não interativas a história é contada através de cenas em quadrinhos, algo estático que acaba passando batido. No entanto o game possui efeitos visuais interessantes nos combates, com iluminação de fogo e de raios a toda hora, causando um impacto empolgante nessas horas. Os efeitos sonoros ajudam a causar a impressão grandiosa nos combates, com demônios gritando em todo momento e efeitos de golpe fortes e altos. O som da moto é um tanto fraco para os padrões atuais, mas não chega a ser desprezível . A trilha sonora se inspira em rock, sendo agradável, mas não memorável. Para quem jogou a versão do GBA vai ver que a trilha de ambas versões é exatamente igual.

Descartável depois.


Ghost Rider não é exatemente ruim, mais não tem condições de competir com outros títulos no mercado, sendo um game sem relevância que serve apenas para ganhar dinheiro em cima de um filme de sucesso. A mas falta de variedade o deixa cansativo após um tempo. A jogabilidade é boa nos combates, mas a dificuldade acaba não exigindo muita coisa do jogador. As partes de moto também perdem a força com o tempo, embora apresente qualidade. O mal de Ghost Rider não foi o de usar a mecânica de God of War, mas em ter usado de maneira superficial. Há uma generosa quantidade de extras, principalmente para os fãs, alguns deles fazem do cavaleiro invencível e deixam o game ainda mais fácil. Os fãs do Cavaleiro podem ficar felizes, pois mesmo que não seja dos melhores um game do Motoqueiro Fantasma. Se você estiver procurando apenas descer o cacete em uma legião de demônios então o título pode agradar. Pessoalmente eu me divertir, por que às vezes é bom jogar algo que não exige muito, acabando sendo uma opção boa em termos de jogo casual.


Notas:
Gráficos: 7,0
Audio: 9,0
Jogabilidade: 8,5
História: 7,0.
Diversão: 7,5.


Aprovado:

- Boa variedade de golpes para usar.
- Parte sonora bem trabalhada, embora não seja memorável.
- Extras para os fãs.


Reprovado:

- Mecânica extremamente repetitiva.
- Gráficos muito fracos para a época.
- Game curto demais.
- Fácil demais.
Análise escrita por: Lipe Vasconcelos.

Senin, 13 Februari 2012

Análise: Jak 3




Ano de lançamento: 2004.
Desenvolvido por: Naughty Dog.
Publicado por: Sony
Gênero: Ação/Adventure.


Jak 3 fecha a história da trilogia de uma maneira inesperadamente cativante. A Naughty Dog é o tipo de estúdio que sabe ouvir o publico e aprende com seus erros, pois o game corrige todas as falhas que tiram o brilho de Jak 2. A aventura está mais solta, divertida e ininterrupta; durando até mais que 10 horas e não cansa em nenhum momento. A trama toma fôlego ao continuar os acontecimentos do game passado. Jak é banido de Bastião depois de ser acusados de estar ligado aos Metal Heads, o que teria causado um ataque fulminante a cidade. O herói de cabelos verdes e seu fiel parceiro Dexter são deixados no deserto até que são salvos por pessoas de uma cidade distante chamada Spargus, formada por gente que também foi banida de Bastião. O enredo da continuidade ao combate contra o Metal Heads e responde a todas as perguntas pendentes ao longo dos games passados. O game pode ser meio confuso para os jogadores de primeira viagem que nunca tiveram contato com os episódios passados, uma vez que o enredo é totalmente direcionado para quem já jogou os títulos anteriores. Mas aqui é um caso interessante pra ignorar isso. Jak 3 é o atípico título que encanta jogadores novatos pela jogabilidade variada, ao mesmo tempo em que complementa essa emoção com um enredo bem construído e divertido.
Explorando um deserto.


Após uma série de cenas não interativas o jogador inicia sua jornada num teste de habilidades proposto pelo rei de Spargus, oportunidade perfeita para aprender os comandos básicos do game e as principais técnicas de combate. Nota-se que há uma certa demora para aprender a gama de uso de cada habilidade inicial de Jak. Os tutoriais são um tanto longos, pois se propõem a explicar detalhadamente cada mecânica que o título tem a oferecer. Após aprender os comandos pra seção de plataformas e lutas o jogador é apresentado ao mapa principal de Spargus, que felizmente não é tão extenso e cansativo como a Heaven City, mas também não deixou de ser rico em detalhes e lugares a serem explorados. Mais para frente você retorna para Bastião, mas a exploração aqui também deixou de ser frustrante. É interessante notar que a cidade conserva o mesmo mapa do game passado. Ainda é necessário encontrar maneiras mais rápidas de explorar todo o mundo de Jak 3, por isso você pode fazer uso de Leapers, que são pequenos dinossauros que ajudam Jak, e são mais eficientes que aquelas malditas naves presentes em Jak 2. O mesmo pode ser dito dos veículos, mas essa parte será abordada mais a frente, com maiores detalhes.
Um guerreiro das areias.
Como podemos notar, Jak 3 não abandonou o gênero GTA que adotou na edição passado. Mas o acabamento é muito melhor e não tira o brilho do trabalho final. Como foi dito acima o mapa continua sendo extenso, mas agora é muito mais rápido chegar a uma nova missão, mesmo que você o faça a pé. Por incrível que pareça isso deixou a exploração mais convidativa, vale a pena dar um tempo nas missões para explorar cada canto do mundo com mais minúcia, já que há ótimas recompensas para isso, como itens que aumentam o poder de Jak e ajudam bastante no decorrer na jornada. Jogadores novatos e menos pacientes podem dispensar a exploração e se prender aos objetivos vitais para concluir a campanha principal, mas é muito satisfatório fazer buscas por extras, servindo principalmente para aumentar a vida útil do título.
As missões em veículos são das mais empolgantes já vistas em um game do gênero. Fãs da série Twisted Metal com certeza vão se deliciar com esses momentos. Explorar o deserto sempre pede o uso de um veículo. De inicio você começa com apenas um, mas à medida que cumpre objetivos chaves novos carros são destravados. Basicamente todos possuem a função de atirar, e isso será necessário, já que os nômades do deserto vão descarregar suas munições em Jak sem pena. Outros carros usam artilharia mais pesada ou possuem funções diferenciadas, como dar saltos de uma ilha a outra, por exemplo. A dirigibilidade contribui para experiência, ainda que haja algumas falhas momentâneas, como um atolamento em subidas mais bruscas do terreno ou curvas que causam um derrape na área. Mas podemos aceitar esses acontecimentos como um desafio interessante, sentindo-se verdadeiramente num deserto, e tais fatos passam longe de serem frustrantes como as já citadas naves de Renegade. Essas mesmas naves ganharam melhorias dentro da Cidade Bastião e a exploração flui com mais dinâmica após adquirir a prancha voadora.
Missões criativas foi um ponto que ajudou a salvar Jak 2 do marasmo, e em Jak 3 o capricho foi acentuado. Nota-se que no inicio do game os objetivos são curtos e de fácil conclusão, apenas para adaptar o jogador aos comandos mais básicos. À medida que o game avança as missões se tornam mais desafiadoras, alternando entre combates no deserto, corridas e guerras usando veículos; passando por buscas em templos e bases e combates emocionantes contra inimigos e chefes. Jak continua com o seu poder negro, o Dark Jak, mas agora há também o Light Jak, poder que é direcionado a dar habilidades especiais ao herói, como desacelerar o tempo por alguns instantes, criar um escudo protetor e voar. O Dark Eco também ajuda a dupla com bons poderes, como a bomba de Dark Eco, que destrói todos os inimigos presentes com um só movimento e até uma útil habilidade de ficar invisível. Por vezes é preciso cumprir tarefas que Jak não pode, nessas horas o jogador terá o controle do pequeno Dexter, deixando o game mais divertido, embora a resistência do mutante laranja seja muito baixa. Jak 3 é um daqueles games onde o herói pode adquirir uma série de habilidades e poderes, e tudo isso é aproveitado ao máximo a cada nova missão, resultando numa aventura que trará surpresas até o fim. Os combates seguem o padrão dos jogos anteriores, com ataques corpo a corpo e tiros por todos os lados. Mas atirar contra vários inimigos na tela por vezes se torna um problema, já que não há um botão que trave a mira automaticamente, tornando os tiroteios um amassar cansativo de botões que podem resultar numa morte desnecessária. Outro problema incomodo é a câmera que nem sempre fica em um ângulo confortável, causando problemas tanto nos trechos de plataforma quanto nas lutas e é bem chato fazer isso manualmente enquanto está cercado por vários inimigos de uma vez.
Admirável mundo quase novo.
Os gráficos de Jak 3 estão soberbos, mesmo que usem a engine gráfica de Jak 2 a melhora é muito significativa. O cenário tecno urbano do game passado é substituído por vilarejos no meio do deserto, com chãos cobertos de areia e uma seca constante. Além do mais há o deserto em si, com tempestades de areia e uma infinidade de dunas e depressões que aumentam o realismo do ambiente. O mapa de Bastião é quase igual ao de antes, mas nota-se um up a mais em seus detalhes. O clima aqui é de guerra constante e destruição, aumentando a tensão do enredo. Mas nem só de desertos e cidades vive o game! Também há templos e instalações de alta tecnologia, afinal, ainda estamos lutando com robôs. Os personagens também seguem os moldes do game passado, mas com animações mais naturais e agradáveis. Há uma boa variedade de inimigos a se enfrentar, de acordo com a área onde a ação acontece. O melhor disso tudo é que o game não possui telas de loadings, o que chega a ser impressionante, visto a quantidade de detalhes na tela. Os efeitos sonoros também tiveram notável melhora, ganharam mais consistência e aumentam o impacto geral do jogo. A trilha sonora segue os padrões do game passado, mas até aqui é possível notar composições mais bem elaboradas. Na dublagem não houve mudanças, o que significa que continuam dentro dos padrões de qualidade do game anterior.
Com tudo que tem direito.
Jak 3 é o exemplo perfeito de como se corrige erros passados. Não foi preciso reciclar a formula do zero, bastou acertar uns detalhes aqui e outros ali, e pronto! O jogo perfeito em mãos. Jak 3 é uma experiência única no Playstation 2, um equilíbrio primoroso entre ação e exploração. Os erros clássicos de títulos de plataforma surgem, câmeras descoordenadas e um deslize no uso das armas não chegam a prejudicar o produto final, mas causam um incomodo mínimo. Os fãs brasileiros ainda têm motivos para comemorar, com um game traduzido para o português, no entanto o vocabulário é fincado em Portugal, por isso algumas sentenças não estão muito perfeitas, mas é bem amigável para quem tem pouco entendimento de inglês. Jak 3 tem uma jogabilidade ampla, enredo bem escrito e uma vida longa, principalmente nas mãos de jogadores que adoram explorar um cenário grande em busca de segredos. Em minha humilde opinião Jak3 fica em qualquer top 5 de games de aventura lançados para o console eterno! Uma pena que hoje a Naughty Dog não detém mais a franquia, pois Jak e seu fiel parceiro Dexter ainda teriam muita lenha pra queimar!
NOTAS:
Gráficos: 10,0
Audio: 9,5
Jogabilidade: 9,5
Enredo: 10,0
Diversão: 10,0
Aprovado:
- Jak 3 corrigiu os erros encontrados em Jak 2. Menos tempo gasto para ir a novas missões, mas sem diminuir o mundo do game.
- A dirigibilidade dos veículos está excelente. A dificuldade ao dirigir os veículos no deserto fica por conta do realismo.
- Missões variadas e divertidas farão o jogador ficar pregado por mais de 10 horas na campanha principal. As missões paralelas ajudam a prolongar a diversão.
- Gráficos incríveis para sua época.
Reprovado:
- O uso das armas às vezes dificulta os combates à distância, principalmente com muitos inimigos ao redor.
- O ângulo das câmeras costuma atrapalhar.
- A trilha sonora está melhor que em Jak 2. Mas ainda poderia ter sido melhor.

Análise escrita por: Lipe Vasconcelos.

Jumat, 10 Februari 2012

Analise: Devil May Cry

Ano de Lançamento: 2001
Desenvolvido por: Capcom.
Distribuído por: Capcom.
Gênero: Ação/Hack in Slash.


Numa época em que o Playstation 2 ainda gerava dúvidas quanto ao seu poder a Capcom queria apresentar ao mundo a nova edição do aclamado Resident Evil. No entanto o projeto foi rejeitado por se afastar demais da idéia original. Mas em vez de cancelar a Capcom reaproveitou o projeto, mudando apenas o enredo e alguns outros detalhes. Nascia então Devil May Cry; o game que mudaria para sempre o gênero ação e aventura. DMC pode ser considerado o pai do Hack in Slash e dos combates frenéticos. E não é pra menos! Tudo que você já elogiou em games como God of War e Dante´s Inferno foi iniciado pela Capcom. Devil May Cry também foi a primeira série de sucesso a surgir na geração Playstation 2. A trama conta a história de Dante, filho de um poderoso demônio chamado Sparda. Dante é um caçador de demônios e possui uma firma chamada Devil May Cry (Significa Demônios Podem Chorar) que cuida de casos sobrenaturais. Um dia uma estranha chamada Thrish aparece na loja e tenta matar Dante. Após comprovar que ele é o filho de Sparda a moça diz que tem um trabalho para ele na ilha Mallet, afirmando que o trabalho tem relação com seu pai e seu passado.


Espadas, pistolas e Rock in Roll.


Nos primeiros momentos Devil May Cry aparenta ser um típico horror/survival. Mas basta iniciar a primeira batalha para que o game se revele um festival de combates frenéticos. A principal arma de Dante é uma espada com ataques rápidos e brutais. O caçador também usa um par de pistolas que possuem munição infinita; no entanto Dante adquire novas armas no decorrer do game. Os inimigos atacam por todos os lados e para vencer os combates é preciso executar combos longos e rápidos. As sequencias recebem notas conforme elas são estendidas e é possível combinar tiros com golpes de espada. A jogabilidade é solta e Dante pode se mover para qualquer lado com agilidade, tornando as lutas ainda mais viscerais. Infelizmente as lutas esbarram em alguns defeitos. 


Dante parece possuir uma mira automática que atrapalha em alguns momentos, principalmente quando o herói ataca um inimigo que nem sempre está ao seu alcance. O posicionamento das câmeras nem sempre ajudam, algumas vezes o ângulo é tão incomodo que nem mesmo é possível enxergar o personagem, devido à grande movimentação que ocorre na tela. Vencendo inimigos Dante coleta Orbs vermelhos que podem ser usados para desbloquear novos golpes e habilidades. Cada arma nova possui várias opções de melhoras, incentivando o jogador a entrar em mais lutas e a acumulando mais Orbs.


Pelo menos 80% de Devil May Cry se resumi em combates, outros 20% são de aventura. O game se divide por missões simples, onde você deve buscar algum item ou encontrar uma maneira de abrir uma porta. Ao fim de cada missão são atribuídos pontos e notas ao jogador. A performance dos combates é o principal item avaliado, dando notas conforme você progrediu em combates; bem como quantos itens de cura e continues você usou até o fim de cada missão. Na pratica parece ser um jogo de fase, mas o jogador é livre para explorar, mesmo que seja uma área de uma missão passada. A mecânica funciona de modo linear, mas é gratificante explorar os vários cantos dos cenários, podendo encontrar itens de curas ou quebrando barris e caixas aqui e ali para encontrar orbs vermelhos. 


Há momentos raros de puzzles e plataformas, mas esta ultima é dificultada pelas câmeras. A visão de jogo segue a linha de Resident Evil, tomadas dramáticas que mudam bruscamente a todo instante, fazendo das câmeras o maior inimigo de Dante a toda hora. Devil May Cry é um game realmente difícil. Os combos são de fácil execução, mas liberar a todos requer dedicação do jogador. As batalhas contra chefes são o ponto alto do título, mas são muito exigentes. Outro ponto que ajuda a aumentar a dificuldade do game é que só é possível salvar seu progresso ao terminar uma missão. Há um sistema de contiues que ajuda a amenizar essa situação, podendo até comprá-los com os orbs vermelhos.


Visual góticamente rock.
O visual de Devil May Cry também é único. Dante é sem dúvida o protagonista mais descolado já produzido até hoje. Um típico fã de rock com um sobretudo vermelho e calças de couro enfeitados com um pesado coturno. A animação de Dante é ótima e bem variada, com todos os cuidados que tem direito. Os inimigos também estão bem animados e apresentam variedade no design. Os chefes são o ápice do game, todos grandes e impressionantes. Devil May Cry foi um dos primeiros games do Playstation 2 a usar sincronia labial nas dublagens, e ainda que o resultado não seja de ponta o recurso serviu para impressionar. Os cenários também apresentam a mesma qualidade. Você explora uma imensa ilha com florestas, ruínas e um imenso castelo. A iluminação do ambiente contribui para uma experiência mais tensa e o game parece ficar mais dark a cada nova etapa, chegando até mesmo a explorar um submundo repleto de vísceras e sangue. 


As texturas estão bem aplicadas, mas algumas às vezes parecem fora de foco em alguns ângulos. O jogo de cores ajuda a construir o visual de DMC, com um tom frio, sem muitas cores fortes. Hoje em dia DMC não é nada impressionante, mas na época o visual era fantástico. A parte sonora deixa a imersão mais pesada, com músicas ambientais que passam suspense e tensão. Na hora dos combates você curte um ótimo rock para estraçalhar uma horda de demônios. As vozes estão bem aplicadas, a começar pelo ruído dos monstros, que está muito bem feito e consegue passar aquele sentimento estranho de susto ao jogador. As dublagens estão apenas aceitáveis. Ainda há um sério problema com dublagens de games, muitas ficam a desejar devido a uma interpretação fraca, no caso de Devil May Cry algumas são bastante forçadas.


O inicio de uma nova saga.
Devil May Cry é um game lendário. Ele não foi apenas o inicio de uma franquia, mas sim o inicio de um gênero. Os combates frenéticos foram tão bem aceitos pelos fãs que posteriormente outros títulos usaram da mesma fórmula. O primeiro foi Castlevania – Lamento f Innocence. Logo uma avalanche de jogos do gênero adaptou o estilo em sua jogabilidade. Devil May Cry se tornou um sucesso instantâneo e serviu para alavancar as vendas do Playstation 2. Hoje pode-se dizer que tudo em DMC soa como ultrapassado, mas o charme do título é tão singular que qualquer fã do Hack in Slash deveria experimentar. O game é curto, mas sua dificuldade compensa as poucas horas de duração. Em resumo: Devil May Cry é um título obrigatório na jogoteca de qualquer fã do gênero. Se você é fissurado em combates rápidos e aventura balanceada é indispensável conhecer o pai de um novo estilo de game.


Notas:
Gráficos: 9,0
Audio: 9,0
Jogabilidade: 9,5
Diversão: 10,0


Aprovado:
- Devil May Cry foi o responsável pela popularização do Hack in Slash.
- Combates frenéticos e brutais é o prato principal do título. A execução dos golpes é rápida e divertida, podendo atacar em qualquer direção. Ainda é possível combinar ataques corpo a corpo com armas de fogo.
- Gráficos bem aplicados para um game que foi lançado no inicio do console. A ambientação se destaca graças a um trabalho artístico primoroso.
- Parte sonora que combina tensão e rock irá agradar aos fãs.


Reprovado:
- Há alguns erros na jogabilidade. É muito comum Dante atacar numa direção que você não comandou.
- O trabalho de câmera é horrível. Atrapalha na hora dos combates e deixa o jogador desorientado em algumas ocasiões.
- Game muito curto.
- Dificuldade acima do normal que pode ser boa para jogadores mais Hardcores, mas afasta os casuais.

Análise escrita por: Lipe Vasconcelos.